O espaço sagrado será sempre uma ligação entre o céu e a terra, entre o divino e o humano. Ele será como o centro do mundo. “A montanha figura entre as imagens que exprimem a ligação entre o Céu e a Terra: considera-se, portanto, que a montanha se encontra no centro do mundo”.
O espaço sagrado quer antecipar a dimensão do paraíso ou da terra sem males, na qual o Novo Céu e a Nova terra são antevistos e de certa forma experimentados. Neste espaço “novo”, o ser humano transcende, experimenta o encontro com o Criador e o sentido de sua vida. O ser fragmentado e ferido no tempo e nas múltiplas situações de violência e morte do dia a dia revigora-se na esperança do Reino que vem, antecipado na celebração realizada no espaço sagrado. Ali revigora-se, restaura-se, reconstitui-se. O espaço sagrado torna-se assim, o céu na terra . Nele encontra-se a experiência do perdão, da verdade e da beleza. Nele encontra-se a presença do divino, é morada do Criador.
Autor:Pe. Bento Zilli - Mestrando em Teologia - Liturgia,Arte e Espaço Sagrado-PUCRS
Fonte:Revista da Diocese(Criciúma) -Ano 13-Edição nº49-Agosto/Setembro de 2011